quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A sensualidade na Publicidade


É tão prazeroso trabalhar com propaganda. A gente fala de prazer e ainda está livre para veicular em qualquer horário, desde que não ultrapassemos a barreira da sensualidade para o nível do tesão. Por isso, temos critérios. Desde que não façamos apologia a coisas negativas, nem criemos nada inapropriado para menores de idade, está valendo (na segunda parte, se for em horário nobre, já não é mais hora de criança estar acordada, não é?).
Já pensou se os bares fossem como as propagandas? Com certeza, até a pior das cervejas dispararia suas vendas. Também seria destruidora de relacionamentos, mas aí já não é mais com a publicidade. Se pensar por este lado, iríamos ajudar os psicólogos. Conflitos conjugais gerados pela sensualidade das propagandas. Aí não. Não podemos faltar com a ética. Vamos deixar a sensualidade só para os comerciais.
Mas a sensualidade não está só nisso. Ela se faz eficiente quando entra a  sedução, que está em cada forma de cativar o consumidor, a ponto de fazê-lo sair de sua casa só para adquirir mais um de nossos produtos. Isso, sim, é genial. Você não precisa bater na porta do seu cliente para vender algo. As mídias estão aí, cada vez mais versáteis, cada vez mais dispostas a inovar, só para chamar mais atenção. É como se fisgasse o público-alvo com a isca certa. Esta isca é a sensualidade, adequada ao consumidor.
Vamos falar de emoção ao limite para os homens e independência para as mulheres; diversão para as crianças e status para os adultos; curtição para os solteiros e, porque não, também para as famílias? É isso aí. Vamos adequar para o que nosso público-alvo precisa que os frutos serão positivos, mas temos que ter cuidado. A sensualidade não pode ser usada de qualquer jeito. Se ela viesse com um manual, seria bem mais fácil. Como não tem, vamos aprender a lidar com ela. Se usada da maneira correta, sendo coerentes com quem estamos nos comunicando, não há motivo para pânico.
Ah, a publicidade. Sem limites, sem fronteiras, sem o bem, nem o mal; apenas a vontade de seduzir. Um pouco de ciúmes também entra em nosso trabalho. Se um concorrente é sensual, a gente quer ser mais, procura superar, ser maior, mais chamativo. A gente trabalha o visual, fica mais atraente, investe mais para ficar mais bonito e ter atenção exclusiva. Só assim, para não deixarmos as rugas aparecerem. Quanto mais antiga, melhor a marca. Com cara nova, melhor ainda. Renova e aprende com o tempo a seduzir mais.
Interessante como podemos fazer muito mais quando aprendemos a usar a sensualidade sem abusar de seus prós e contras. Também não é fácil. É tanta teoria de comunicação que se a gente não usar direito, pode ter um efeito ruim. Não é com muito perfume e uma roupa extravagante que a gente vai atrair quem nos interessa. Hoje em dia, a publicidade está tão eficiente, que se a gente errar um pouquinho, perde para o outro. Vamos ser sensuais, mas antes, vamos aprender a seduzir. Só então, podemos dizer o quanto somos atraentes.

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