terça-feira, 27 de março de 2012

Palavras


Não sou bom no discurso espontâneo, mas me sinto à vontade com as palavras escritas. Me atropelo no relato oral, mas sou livre, na redação, mesmo que em um pequeno pedaço de registro.
Sei proferir palavras prontas, mas é antes de finalizadas, que percebo poder voar alto, com minhas ideias.
Mesmo que ecoem para bem longe, as palavras ao vento, é na forma marcada, que podem durar uma eternidade.

 
E se a ideia for interrompida por um instante ou por um grande pedaço de tempo, como foi agora, ela pode voltar amadurecida para seguir um novo caminho, mais seguro e confiante.
Escrevendo, posso pensar e repensar na forma como irei expor um pensamento.
Uma inspiração precisa ser bem interpretada, senão ela precisará ser reescrita. Uma ideia sempre pode ser melhorada, se pensada e repensada. Mas é escrevendo que, no final das contas, tudo parece ter saído da cabeça naquela única forma... A forma que, para o autor, é a mais perfeita. E mesmo se, depois de tudo isso, o autor ainda não ficar satisfeito, é só começar tudo de novo, pois as palavras não guardam rancor, por si só; elas, simplesmente, se moldam à minha afinidade com cada uma delas.