sexta-feira, 8 de junho de 2012

Brasília e o Clima Perfeito



Brasília é uma terra de humidade muito baixa, boa parte do ano. Ficamos longos períodos sem chuva, muito calor e reclamações por todos os cantos. Quando resolve chover, chove muito, e as reclamações só mudam o discurso.
Mas há algum tempo, temos passado por um clima muito agradável. Poderia até dizer que é um clima perfeito para Brasília. Não está fazendo aquele calor absurdo, de noite faz um friozinho e, vez ou outra, chove. Considerando que já era para estarmos em período de estiagem, o clima está muito agradável.
E ainda tem gente que reclama... Não dá para entender isso. Gente que nunca está satisfeita com nada. Se está calor, reclama; se está frio, acha ruim; se chove, xinga; se não chove, fica morrendo; se junta tudo, fala que o clima não se decide. Quer o que, então? Que outra alternativa tem para o nosso clima? Vai entender...
Do jeito que está, estou achando excelente! Dá para aproveitar melhor os dias, sem desconforto. Podia ser assim sempre, mas como o Cerrado gosta de se contorcer, vamos aproveitar ao máximo, porque, daqui a pouco, essa mamata vai acabar.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

As Prioridades Dos Nossos Representantes


Fico impressionado com a velocidade dos parlamentares em aprovar e desaprovar qualquer coisa que seja de seu interesse. Aumento do próprio salário, dos benefícios e tudo mais.
A última foi a legalização do uso das drogas. Agora, não é mais ilegal utilizar e portar drogas, desde que o porte seja para consumo próprio e desde que não ultrapasse uma quantidade suficiente para cinco dias. Pô! Cinco dias?! Se o cara anda com drogas suficientes para cinco dias, imagina o que não vai ter guardado? Ou será que ele carregaria tudo?
Agora, vem a outra questão. Quem vai fornecer essa droga “legal”? Os traficantes irão virar empresários? Vamos encontrar maconha nas padarias e supermercados? Como fica essa parte?
A marcha da maconha surtiu efeito... Mas quando a população faz marcha contra a corrupção, quando os professores, médicos e policiais fazem marcha por melhores salários e condições de trabalho, ainda são chamados de vagabundos! Aí tiram a foto de uns professores tomando uma latinha de cerveja durante a manifestação, comprada de um ambulante que está aproveitando a multidão para ganhar a vida e publicam na internet, condenando tal atitude.
Fico imaginando as notícias internacionais: “O Brasil legaliza a maconha. Agora, no Congresso Nacional, será criado um ‘maconhódromo’ para os parlamentares comemorarem mais uma conquista.” É... Essa piada não tem a menor graça.
O que realmente deveria ser levado a sério é arquivado, encarado como assunto irrelevante, descartado, afinal, político que se preze, não utiliza serviços públicos, não compra carros nacionais...
Pois é. Carros. Outro assunto complicado. As quatro maiores montadoras, estabelecidas no Brasil, pediram arrego para o governo, pois os importados estavam tomando boa parte da fatia no mercado, com seus carros mais baratos e mais equipados. Aí, o que o governo fez? Ao invés de diminuir os encargos para os carros nacionais, aumentou os impostos para os importados, tentando dificultar suas vendas no Brasil. Isso não ajudou os nacionais, só atrapalhou os importados. É assim que nosso governo pensa em resolver os problemas? Depois dessa atitude, o mercado automotivo esfriou e, agora, o governo resolveu diminuir um pouco os encargos, para tentar aquecer o mesmo. Só que isso é só uma distração. Temos tantos impostos que, mesmo exportando um automóvel para outro país, com todas as taxas e transporte, ainda assim, lá fora, os carros são bem mais baratos do que aqui. Como isso é possível?
E como, com tantos impostos, com tanto dinheiro que damos ao governo, ainda não temos os problemas resolvidos? Problemas básicos! Saneamento, saúde, segurança, educação, boas condições das vias públicas... Onde esse dinheiro todo vai parar? Bom... Para manter o alto salário dos políticos, temos que pagar altos encargos mesmo.
Boa parte disso tudo é nossa culpa, o povo brasileiro, que ficou muito tempo de braços cruzados. As coisas eram impostas e nós, simplesmente, aceitávamos, até por não termos outras opções. Mas antes tarde, do que nunca. O brasileiro está aprendendo a buscar seus direitos. Pelo menos, está aprendendo a reclamar muito do que não acha certo.
Só falta aprender a votar. Brasileiro adora fingir que se esqueceu dos erros dos políticos, quando eles prometem novas melhorias. Principalmente, quando as promessas vão influenciar diretamente seus interesses pessoais. E quando o cara está lá dentro, não cumpre com sua palavra. Aí chega um artista, sem bagagem política alguma, fala umas coisas engraçadas e é o deputado mais votado de todos os tempos. Uns dizem que esse é o voto de protesto, mas acho que isso não passa de um tiro no pé. Se for para votar assim, melhor votar nulo. A única forma de mostrarmos que não estamos satisfeitos com nossos representantes, é votando nulo, porque aí sim, vão ver que o brasileiro acordou. Não temos que aceitar tudo o que nos é imposto. Mas é claro que, para exigirmos nossos direitos, temos que saber correr atrás. E não é apenas compartilhando notícias pela internet, sem ao menos buscarmos as fontes e a veracidade de tal informação, que estaremos fazendo alguma coisa de útil.
Para mudar a cabeça do povo, tem que mudar certas coisas da cultura moderna. Esse “jeitinho brasileiro” de resolver as coisas não funciona mais. Lá fora, somos conhecidos por tal atitude. O comodismo ainda é a melhor saída para os problemas, aliás, é a melhor forma de se enganar. É mais fácil fingir que não tem nada de errado e não lutar pelos direitos, do que sair da frente do computador e apoiar movimentos que defendem nossas causas.
E você? É do tipo que compartilha qualquer coisa ou vai atrás de informações para criar sua própria opinião?