quinta-feira, 16 de abril de 2015

Se cada pessoa ganhasse 1 milhão de reais, quais problemas, esse dinheiro traria, para a sociedade?

Foto Divulgação

Ao meu ver, a curto prazo, as pessoas largariam empregos simples. Muita gente humilde passaria a achar que tem o rei na barriga. O caos se instalaria, pois faltaria mão-de-obra para a maioria das atividades. Haveria um excesso de consumismo, como compra de carros, casas, produtos nobres e haveria muito conflito, por posição social.
A médio prazo, haveria escassez de produtos essenciais. Muitas empresas desesperadas, por falta de mão-de-obra. Teríamos problemas até mesmo no fornecimento de água e luz.
A longo prazo, depois de gastar tudo e não sobrar nada para manter os custos, muita gente estaria devendo muito mais do que ganhou, tendo que vender tudo o que adquiriu, alguns ainda relutantes em tentar retomar seu antigo trabalho. O caos já estaria evidente. Os bancos tomariam os bens, muitas empresas já estariam falidas, Haveria o desespero, por falta de comida e recursos de primeira necessidade. Talvez, aqui, já aconteceria uma guerra civil e o governo estaria completamente perdido, pois não saberia como controlar a situação.

Essa analogia soa pesada, mas ela só retrata o despreparo da humanidade, em receber mais do que possui, ou seja, mais do que consegue administrar.
Temos que ter a sabedoria de administrar o que temos, para então, nos prepararmos para dar mais um passo à frente.
A maioria das pessoas, não estaria preparada para receber uma quantia monetária desse porte. E 1 milhão de reais nem é tanto, quanto parece. O problema é que esse valor faria muita gente pensar que não precisaria mais ser quem é e tentaria ser quem não é. Essa mudança brusca não se adaptaria à realidade das pessoas que não soubessem administrar bem e, o que pareceria uma benção, na verdade, seria um verdadeiro declínio, em grande estilo.

Por outro lado, uma parte da população, mesmo nunca tendo esse valor na conta, teria a oportunidade de, realmente, melhorar as coisas. Com sabedoria e boa administração, essa quantia renderia e, ao invés de ir às compras, seria investida e revertida em mais e mais.
E o mais importante: boa parte dessa quantia, poderia se tornar uma segunda chance, para outros que não souberam o que fazer com o que ganharam.

E você, o que faria com 1 milhão de reais?

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Quem Pode se Sentar nos Assentos Preferenciais?

É engraçado, para não dizer trágico, quando as pessoas não compreendem o significado correto das coisas e julgam o próximo, como se o outro estivesse errado.
No transporte coletivo, mais especificamente o metrô, existe o assento preferencial. Aqui em Brasília, tem o assento azul. Preferencial, não exclusivo. Significa que têm preferência, pessoas que se enquadrem nas determinações especificadas: idosos, gestantes, deficientes, pessoas com crianças de colo. Não significa que pessoas que não se enquadrem nessas determinações não possam se sentar nos assentos preferenciais.


Imaginem só, se fosse proibido, para pessoas fora dessas determinações, se sentar nos assentos preferenciais. Em uma situação em que o vagão esteja lotado, porém, sem nenhuma pessoa com direito ao assento preferencial, inutilmente, os assentos permaneceriam vazios.
Diferente de uma vaga exclusiva nos estacionamentos. Neste caso, é proibido que pessoas fora das determinações utilizem as vagas.
Mas, por que essa diferença? Simples. Porque, quando uma pessoa, fora das determinações, se senta em um assento preferencial, pode, facilmente, ceder o lugar a outra pessoa. Já no estacionamento, não tem como o motorista liberar a vaga, tão logo outra pessoa precise utilizar a vaga, a menos que esteja próximo ao carro.
Quando entro no metrô e só restam os assentos preferenciais, me sento. Sento-me, mas observo as pessoas que entram a cada estação, para ceder o lugar a quem precisar. Muita gente tem medo ou acha que não pode se sentar. Sento-me e observo os olhares. Algumas pessoas, principalmente as dentro das determinações, que estejam sentadas em outro assento preferencial, ficam fitando aquele olhar de reprovação. Fazer o que, né? Não sou proibido de me sentar nesses assentos, desde que eu ceda o lugar a quem necessitar.
Mas já vi gente se sentar e dormir (ou fingir, para não sair dali). Coisa feia! Certa vez, um rapaz jovem e aparentemente sem nenhuma necessidade especial se sentou, debruçou sobre sua mochila e dormiu. Foi mais rápido do que um senhor que estava próximo. Olhei para o senhor, com aquela cara de vergonha alheia e ele falou: “tudo bem”.

Então, minha gente, assento preferencial não é exclusivo; pode se sentar sem medo. Mas saiba que a preferência está clara. Quem tem o direito, deve ter, também, a sua educação.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Prezado Queridíssimo Governador do Distrito Federal, Senhor Agnelo Queiroz,


Foto Divulgação
Em primeiro lugar, gostaria de convidá-lo a conhecer o inferno. Não, não é a casa do Tinhoso. É uma de suas instalações da saúde pública. Mas, talvez, devesse conhecer a Casa do Cão e, de lá, o senhor poderia trazer algumas melhorias para os serviços públicos que nos são oferecidos.

Foto Divulgação
Eu também gostaria de entender como o Governo Federal comemora o recorde de arrecadação de impostos e, na hora de aplicá-los em benefícios e melhorias para a população, a desculpa é sempre a mesma: “Não tem verba!” Como o senhor é chegado da PresidentA Dilma Rousseff, talvez possa conseguir esta resposta.

O senhor é médico, certo? Mas é médico mesmo? Tem certeza? Então, como não consegue enxergar a deficiência dos hospitais públicos?! São precários! Não é porque os hospitais do restante do país estão piores, que nós temos “o melhor sistema de saúde pública do país”. Isso é balela! Desculpa esfarrapada! Em 2011, meu avô viveu seus últimos 7 meses peregrinando em hospitais. HRG, HRT, Base, HRSAM... Sempre muito precários, principalmente, quando o paciente fica internado no Pronto Socorro, onde tem excesso de pacientes, com duas macas no espaço de uma e, até mesmo, largados pelos corredores.

Agora é a vez do meu pai. Ele fraturou a tíbia no dia 1º e, até hoje, não tem uma definição da cirurgia que ele precisa fazer. Só está à base de medicamentos e desculpas dos funcionários, que ficam de mãos atadas, frente à deficiência do HRT. Para se ter uma ideia, faltam itens básicos e necessários para a internação de pacientes.

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Quando o senhor inaugurou o novo Pronto Socorro do HRT... COM FOGOS DE ARTIFÍCIO em uma área hospitalar, não tinha noção ou fingiu que não sabia de nada? Porque foi “inaugurado”, mas ainda não estava pronto! Ou seja, continuou, ainda por um bom tempo, sem receber pacientes na nova ala. E parece que ainda está inacabada, porque o ar condicionado não funciona há mais de um ano! Os banheiros não têm adaptações para cadeirantes e deficientes físicos. O papel toalha (higiênico) fica pendurado em um cabo de vassoura! Trocando em miúdos, inaugurou o "Socorro", mas o "Pronto"...

E tem uma coisa engraçada... Não... Trágica! Não... Engraçada mesmo, porque parece uma piada. NÃO TEM CIRURGIA NOS FINAIS DE SEMANA!!! Com uma fila de espera imensa, não tem atendimento cirúrgico nos finais de semana! Isso, porque uma vida só deve valer em horário comercial...
Vamos ter que recorrer ao Ministério Público, porque depender da saúde pública é pedir para entrar em pânico!

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Acredito que o senhor também não ande de carro. Só deve voar de helicóptero e avião, não é? Só pode, porque é só chover, que as ruas entram em colapso! Buracos, falta de escoamento... E quem fica com o prejuízo da suspensão, rodas e pneus danificados? “Aaahhh!!! Mas você pode entrar com recurso, para receber o valor de volta!” Quantas pessoas recorreram e quantas pessoas conseguiram? É tanta burocracia, são tantas provas que devem ser apresentadas e leva tanto tempo que, quem finalmente consegue alguma coisa, já nem consegue comemorar mais. O que recebe é só para pagar o stress que passou, durante todo o processo. E ainda precisa de testemunha! Se o cara estiver sozinho, pode esquecer, então!


Foto Divulgação
Mas a Copa do Mundo está quase aí. Motivo para muitas alegrias e união do povo! Vamos esquecer de todos os problemas e torcer pela nossa Seleção! Porque nosso estádio foi o mais caro do Brasil, para termos a melhor infra-estrutura para os jogos. Vamos mostrar para o mundo, que nosso estádio é um dos melhores do mundo! Já o resto...

Mas vai lá mesmo... No inferno! E traga boas novas (ou fique por lá).


Assinado: UM PAGADOR DE IMPOSTOS

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Música Ouvida Pela Mente



Não sei se isso é coisa de músico, mas acredito que todos já tenham tentado lembrar-se de uma música, do começo ao fim, sem sequer ouvi-la, naquele momento. Quando ouvimos alguma música, por várias vezes, a ponto de decorarmos todas as suas partes, fica fácil fazer isso.
Fica fácil, também, ouvi-la, mesmo que a qualidade sonora não esteja muito boa e compreensível. Daí, eu tiro o tema deste texto.
Quando conhecemos uma música que está tocando, mas a qualidade sonora não está muito boa (seja por interferências, por má qualidade do áudio ou, simplesmente, volume baixo), ainda assim, conseguimos compreendê-la facilmente. Isso, porque aquela música está gravada em nossa mente. Ao mesmo tempo em que a ouvimos com os ouvidos, nossa mente entra em ação e começa a relembrar da música, como se tivéssemos dado o play em nossa mente. Sendo assim, mesmo com tais interferências sonoras, ainda conseguimos acompanhar a música. Nem precisamos prestar tanta atenção, para compreendê-la.
Ao contrário, quando ouvimos uma música que ainda não a conhecíamos, precisamos dar total atenção, para podermos entendê-la. Se não conhecemos determinada música e estamos ouvindo pela primeira vez, temos que prestar atenção, para saber se ela agrada nosso gosto musical, depois precisamos ouvi-la atentamente, para entender a voz, a letra, os instrumentos... Se as mesmas interferências da situação anterior forem aplicadas a uma música desconhecida, não conseguiremos compreendê-la. Teremos que nos esforçar muito mais, para poder ouvi-la, pois ela não está gravada em nossa mente, portanto, não tem como darmos um “play” mental. Ela não está em nossa “playlist”.
Quando ouço uma música, pela primeira vez e é de meu agrado, prefiro ouvi-la sem interferências, em um ambiente mais tranquilo, para poder compreendê-la bem. Não acho uma boa, ouvir uma música, pela primeira vez, no som do carro, enquanto estou dirigindo. Por mais que eu esteja conseguindo ouvi-la muito bem, não dá para voltar toda a atenção para a música, então, se eu ouvir um álbum completo de uma banda ou um artista e esse álbum começar a tocar de novo, é bem provável que eu nem me lembre de ter ouvido a primeira música. Já, uma música que conheço, é detectada pela mente, que vai me dizer: “essa música já tocou!”, mesmo com a atenção voltada para a estrada.
Ouvir uma música exige atenção. Não ouvimos apenas com os ouvidos. Ouvimos, também, com a mente. Se a mente reconhecer a música, vai distinguir melhor, todas as partes da música; se a mente a desconhecer, vai precisar gravar a música, para então, passar a compreendê-la.

sábado, 29 de dezembro de 2012

O Cubo


O cubo é, realmente, uma coisa intrigante. Uma única palavra que dá significado a várias coisas diferentes. E não são apenas diferentes; chegam a ser opostas.
Não é como a folha – de árvore e de papel – ou a manga – da camisa ou fruta -. É como um objeto quadrado, com seis lados iguais, que pode até se transformar em um cubo mágico ou um cubo de um instrumento de corda (amplificador), o cubo redondo de uma roda de carro ou à potência elevada ao cubo.
Quem não sabe a que tipo de cubo está se referindo, mal saberá qual cubo receberá. O cubo não é como a rosa, vermelha, ou como a laranja amarela da casca verde. O cubo só pode ser o cubo ou o cubo. Não tem meio cubo.
Se o cubo é quadrado, redondo ou elevado à potência, depende do contexto, mas o cubo nunca fica oculto. Sempre quer mostrar seu valor; sempre quer ser mais. Quer se destacar de alguma forma.
O cubo é diferente, é oposto a si mesmo.
Vai um cubo de gelo aí?

domingo, 14 de outubro de 2012

Honestidade É Poder?

Ultimamente, quando um político demonstra boa índole, o povo já o aclama para governador, presidente ou rei do mundo. Mas será que honestidade é o suficiente para uma pessoa ser um bom político?



O primeiro exemplo é o deputado federal José Antônio Machado Reguffe. Muito conhecido em Brasília por sua honestidade, foi contra e recusou o reajuste salarial fenomenal que os políticos votaram para si, além dos benefícios e número de assessores do gabinete. Isso deixou muitos políticos revoltados com sua atitude. É a favor da Lei da Ficha Limpa, ao contrário de muitos e por aí vai...



O segundo exemplo é o Ministro Joaquim Barbosa, que vem se revelando nos julgamentos que tem participado, como os do Mensalão, condenando os envolvidos, ao contrário do Ministro Lewandowski que, demonstrando sua grandiosa bondade no coração, tem absolvido muitos dos envolvidos das acusações.


Acostumados com tantos esquemas de corrupção e tanta notícia de políticos sujos, quando aparece um político demonstrando o mínimo de honestidade e boa índole, o povo já o idolatra.
O povo de Brasília aclama Reguffe como o próximo governador do DF e o povo do Brasil já anuncia Joaquim Barbosa como o próximo presidente da República.
Mas será que o que eles têm feito é o suficiente para tais cargos? Acho que não.
Um político precisa de aliados. Um governador ou um presidente que não possui muitos aliados está fadado ao fracasso. Acabará sofrendo com os golpes de seus inimigos, mais conhecidos como Oposição.  Quando um político que faz tudo rigorosamente correto, realmente pensando no povo e procurando punir quem está sujo, mostrando como nossos políticos são corruptos, acaba criando muitos inimigos, infelizmente.

Não é à toa que os políticos foram contra a Lei da Ficha Limpa. Quem não deve, não teme. Se eles se dizem tão honestos, por que temer tal lei? Percebendo que, se fossem contra a lei, estariam se sujando perante seus eleitores, votaram a favor; mas como tudo tem que ter uma condição, impuseram que a lei deveria valer somente a partir de seu vigor, não punindo o passado dos candidatos às futuras eleições. Ou seja: Se fez merda no passado, o importante é o que virá para o futuro.



Mas ainda assim, honestidade não é tudo. O político tem que ter malícia e, para adquirí-la, só com muito tempo de experiência. Com a malícia, se aprende com quem e como deve lidar, a hora certa para as coisas, quem realmente vai apoiá-lo, enfim, tem que saber vestir a pele de lobo para não ser devorado, sem perder sua boa conduta. Um bom político sabe onde pisa.


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Do bolso à ignição ao bolso



Chave na ignição, rádio ligado,
Motor girando, pneu calibrado.
No painel, o conta-giros está inquieto,
Na pista, mantenho o curso reto.
A cada marcha, sinto o prazer em dirigir,
Pé no acelerador, faço o motor rugir.
Reduzo a marcha para entrar na curva,
Firme no asfalto de cor turva.
Sempre atento ao retrovisor,
Para não mudar de faixa, como um invasor.
Mãos firmes ao volante,
Guiando sempre avante.
E quando desembarco do meu carango,
Olho para trás e ainda fico o admirando.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Brasília e o Clima Perfeito



Brasília é uma terra de humidade muito baixa, boa parte do ano. Ficamos longos períodos sem chuva, muito calor e reclamações por todos os cantos. Quando resolve chover, chove muito, e as reclamações só mudam o discurso.
Mas há algum tempo, temos passado por um clima muito agradável. Poderia até dizer que é um clima perfeito para Brasília. Não está fazendo aquele calor absurdo, de noite faz um friozinho e, vez ou outra, chove. Considerando que já era para estarmos em período de estiagem, o clima está muito agradável.
E ainda tem gente que reclama... Não dá para entender isso. Gente que nunca está satisfeita com nada. Se está calor, reclama; se está frio, acha ruim; se chove, xinga; se não chove, fica morrendo; se junta tudo, fala que o clima não se decide. Quer o que, então? Que outra alternativa tem para o nosso clima? Vai entender...
Do jeito que está, estou achando excelente! Dá para aproveitar melhor os dias, sem desconforto. Podia ser assim sempre, mas como o Cerrado gosta de se contorcer, vamos aproveitar ao máximo, porque, daqui a pouco, essa mamata vai acabar.


quarta-feira, 6 de junho de 2012

As Prioridades Dos Nossos Representantes


Fico impressionado com a velocidade dos parlamentares em aprovar e desaprovar qualquer coisa que seja de seu interesse. Aumento do próprio salário, dos benefícios e tudo mais.
A última foi a legalização do uso das drogas. Agora, não é mais ilegal utilizar e portar drogas, desde que o porte seja para consumo próprio e desde que não ultrapasse uma quantidade suficiente para cinco dias. Pô! Cinco dias?! Se o cara anda com drogas suficientes para cinco dias, imagina o que não vai ter guardado? Ou será que ele carregaria tudo?
Agora, vem a outra questão. Quem vai fornecer essa droga “legal”? Os traficantes irão virar empresários? Vamos encontrar maconha nas padarias e supermercados? Como fica essa parte?
A marcha da maconha surtiu efeito... Mas quando a população faz marcha contra a corrupção, quando os professores, médicos e policiais fazem marcha por melhores salários e condições de trabalho, ainda são chamados de vagabundos! Aí tiram a foto de uns professores tomando uma latinha de cerveja durante a manifestação, comprada de um ambulante que está aproveitando a multidão para ganhar a vida e publicam na internet, condenando tal atitude.
Fico imaginando as notícias internacionais: “O Brasil legaliza a maconha. Agora, no Congresso Nacional, será criado um ‘maconhódromo’ para os parlamentares comemorarem mais uma conquista.” É... Essa piada não tem a menor graça.
O que realmente deveria ser levado a sério é arquivado, encarado como assunto irrelevante, descartado, afinal, político que se preze, não utiliza serviços públicos, não compra carros nacionais...
Pois é. Carros. Outro assunto complicado. As quatro maiores montadoras, estabelecidas no Brasil, pediram arrego para o governo, pois os importados estavam tomando boa parte da fatia no mercado, com seus carros mais baratos e mais equipados. Aí, o que o governo fez? Ao invés de diminuir os encargos para os carros nacionais, aumentou os impostos para os importados, tentando dificultar suas vendas no Brasil. Isso não ajudou os nacionais, só atrapalhou os importados. É assim que nosso governo pensa em resolver os problemas? Depois dessa atitude, o mercado automotivo esfriou e, agora, o governo resolveu diminuir um pouco os encargos, para tentar aquecer o mesmo. Só que isso é só uma distração. Temos tantos impostos que, mesmo exportando um automóvel para outro país, com todas as taxas e transporte, ainda assim, lá fora, os carros são bem mais baratos do que aqui. Como isso é possível?
E como, com tantos impostos, com tanto dinheiro que damos ao governo, ainda não temos os problemas resolvidos? Problemas básicos! Saneamento, saúde, segurança, educação, boas condições das vias públicas... Onde esse dinheiro todo vai parar? Bom... Para manter o alto salário dos políticos, temos que pagar altos encargos mesmo.
Boa parte disso tudo é nossa culpa, o povo brasileiro, que ficou muito tempo de braços cruzados. As coisas eram impostas e nós, simplesmente, aceitávamos, até por não termos outras opções. Mas antes tarde, do que nunca. O brasileiro está aprendendo a buscar seus direitos. Pelo menos, está aprendendo a reclamar muito do que não acha certo.
Só falta aprender a votar. Brasileiro adora fingir que se esqueceu dos erros dos políticos, quando eles prometem novas melhorias. Principalmente, quando as promessas vão influenciar diretamente seus interesses pessoais. E quando o cara está lá dentro, não cumpre com sua palavra. Aí chega um artista, sem bagagem política alguma, fala umas coisas engraçadas e é o deputado mais votado de todos os tempos. Uns dizem que esse é o voto de protesto, mas acho que isso não passa de um tiro no pé. Se for para votar assim, melhor votar nulo. A única forma de mostrarmos que não estamos satisfeitos com nossos representantes, é votando nulo, porque aí sim, vão ver que o brasileiro acordou. Não temos que aceitar tudo o que nos é imposto. Mas é claro que, para exigirmos nossos direitos, temos que saber correr atrás. E não é apenas compartilhando notícias pela internet, sem ao menos buscarmos as fontes e a veracidade de tal informação, que estaremos fazendo alguma coisa de útil.
Para mudar a cabeça do povo, tem que mudar certas coisas da cultura moderna. Esse “jeitinho brasileiro” de resolver as coisas não funciona mais. Lá fora, somos conhecidos por tal atitude. O comodismo ainda é a melhor saída para os problemas, aliás, é a melhor forma de se enganar. É mais fácil fingir que não tem nada de errado e não lutar pelos direitos, do que sair da frente do computador e apoiar movimentos que defendem nossas causas.
E você? É do tipo que compartilha qualquer coisa ou vai atrás de informações para criar sua própria opinião?

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A Ignorância Não Tem Opinião Própria


Esse assunto surgiu de uma discussão que levantei na internet, devido à foto abaixo que está, aos poucos, ganhando proporções e adeptos à mediocridade de sua interpretação equivocada.

 

A pessoa que publicou esta foto colocou a seguinte informação (com link da publicação): “Fuck heineken!!! Q merda!!! Essa droga ta patrocinando rinha!!???. Em consequência disso, pessoas entram na onda, sem buscar qualquer tipo de informação com fundamento e já compartilham a imagem, condenando a marca. O outro já comenta (com sua licença, caro leitor, as palavras do autor): Filhas da Puta!!! Operação ninguém mais bebe Heineken!!!” - Oh! Que comentário maduro!

A intenção desta publicação não é defender uma marca e sim, levantar essa questão que bombardeia as redes sociais: a mediocridade, na hora de compartilhar uma informação, sem opinião própria e sem fundamento.

Não é porque tem bandeirolas no estabelecimento, que a Heineken é patrocinadora do evento. A cervejaria fornece seus produtos para estabelecimentos que queiram vende-los. O que acontece dentro do estabelecimento é de inteira responsabilidade do proprietário. As marcas de cerveja, para se promover, fazem propaganda. Isso inclui fornecer material publicitário para os estabelecimentos que as comercializem, tais como bandeirolas, banners, faixas, cartazes etc. Isso não significa que a marca presente, está patrocinando o evento. É como um político corrupto almoçar em um restaurante e aquele estabelecimento ser acusado de atividades ilícitas, julgar que um fisiculturista usa esteroides ou pitbull ser taxado de raça assassina.

O acesso às informações está muito facilitado, mas as pessoas se acomodam e preferem que as mesmas venham até ela. E qualquer que seja a informação, está valendo, seja ela verdadeira ou falsa. E o falso parece ser mais verdadeiro, porque não existe uma procura pela veracidade de tal informação.
A falta de opinião própria, bom senso, análise crítica e conhecimento do assunto faz com que as pessoas queiram se mostrar antenadas, compartilhando qualquer porcaria que circule na internet. Se eu criar uma imagem, com um texto dizendo que uma banda famosa se separou e que o vocalista fará carreira solo, muita gente vai acreditar, compartilhar e, nem ao menos, vai tentar descobrir se tal informação procede. É impressionante, como o comodismo faz com que as pessoas acreditem em tudo.
O pior, é quando uma pessoa, sem opinião própria, adota a opinião alheia. É bem assim: “Se eu não sei o que pensar, qualquer opinião está valendo”.

E sobre essa rinha de cachorros, mesmo que a foto seja de um evento que tenha acontecido em um determinado país, onde a prática é legal e existe incentivo, ainda assim, não tem lógica a Heineken entrar como patrocinadora. É uma marca global. Não iria se queimar no mercado mundial por causa de um evento à parte. Seus maiores consumidores condenam atividades afins. Uma marca grande não faria uma prezepada dessas, pois existe um planejamento muito grande por trás das ações da empresa. Uma marca grande é formadora de opinião. Tem alto valor no mercado. Sabe que todas as suas atividades estão sendo observadas pelo mundo inteiro.
As bandeirolas estão lá, por todo o estabelecimento. E daí? Isso não me diz nada. Para você, diz alguma coisa?

(Atualização) A Heineken se manifestou, quanto à foto que está circulando na internet para a Revista Exame e em seu perfil no Facebook.